Como chegar a esse Jardim cercado de Artes por todos os lados? Com um sonoro aboio ou um simples  Carpe Diem? Antes de tecer poesia, é imprescindível  referendar Ana, a musa do barro, um  fio que se enrosca a outros fios formando uma rede de passageiros que daqui ou de lá,  sempre aportam no seu jardim. Uma  espécie de Arcádia  tecida  de  carrancas e metáforas, onde se atravessa  a ponte, o  rio,  as fronteiras dos gêneros, da vida, da arte.

Cheguei entre margens e canteiros demarcados  geograficamente por versos trilhando um outro percurso, o da boa prosa. A tiracolo,  um blog e  alguns conceitos  em tempo real e virtual.

Poesia e tecnologia com Auxiliadora Nascimento e a dj Lizandra Martins . fotos: Chico Egídio — em Sesc Petrolina.

Em debate a  conexão: poesia e tecnologia. Uma abordagem sobre os recursos da informática, aparentemente frios e exatos, recriando o universo da  poesia nos  caminhos do ciberespaço, o  suporte para se fazer de uma página da internet ou de um blog a base para poemas puramente verbais, ou o espaço para representação de poesias gráficas, visuais, sonoras. Suporte que aproveita os  espaços compartilhados (redes) como aportes de significação da poesia. Além do tema, um relato, uma experiência.

Nesse universo  tão  high-tech  a Revolução Digital rompe  com  conceitos da poética tradicional, sem ter a pretensão de descartá-la mostra a existência de  outros processos experimentais: a transgressão da forma, o suporte de um novo espaço, a ruptura com a linearidade. É nesse ponto de convergência que se  cria a poesia multimídia e abre-se  o  leque de conceitos em discussão: poesia digital, arte híbrida, tecnoarte, poesia intersignos.

A poesia  em confronto  com outra maneira de expressar sentimentos,  outra forma de lidar com  a expectativa e exposição pessoal, com a intertextualidade  e  outros caminhos artísticos  da  cultura  digital.

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