No cotidiano, o reflexo de nossas ancestrais com seu passado distante ainda nos ensinando lições de futuro. Bisavós, avós, mães, tias, professoras, amigas, destinos e vozes entrelaçadas nos antigos cadernos de receitas, na educação dos filhos, nas compras do dia, na pia cheia de pratos, nos sonhos e devaneios… Obedientes ou transgressoras, juntas sonharam com um mundo mais feminino.
De uma maneira ou de outra, silenciando ou rasgando os véus, atravessaram as fronteiras do reino patriarcal, das leis e dos preconceitos, para que estivéssemos aqui dando continuidade à luta do que ainda devemos conquistar.
Hoje, nossa é a voz, a coragem para dar fim à violência doméstica e promover a cura de séculos e séculos de abusos, humilhações e descasos, de mandos e desmandos que ainda reverberam em nossos corpos e histórias.
Nossa é a vez de criar um caminho mais leve e empoderado para as nossas filhas, sobrinhas, netas e bisnetas… Nossa é a hora de ser ponto de mutação na luta que continua. Avante!
Créditos: Fotografia tirada na Nicarágua por Candelaria Rivera, do ensaio fotográfico: “Amor de Campo”