O crime aconteceu a céu aberto

a olho nu

com efeitos especiais platéia e celulares.

Um capacete acendeu

a fúria algoz

de agentes da (in)segurança

sedentos de poder e de tortura.

Gatilhos do sistema foram disparados

na contramão das leis e dos direitos

exibindo a eficácia de métodos e recursos disponíveis.

Laudos periciais sentenciaram

o cidadão Genivaldo de Jesus Santos

trinta e oito anos, casado, um filho.

Seu grito asfixiado viralizou

na cena dantesca da morte anunciada.







					
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