Ainda tentando compreender o Dia das Mães e o ano 2020… Reflexões e reflexões com Clarice Lispector, sobre as miudezas que compunham a vida das mulheres da sua época, lá pelos idos de 1950, sobre casa e lar, pauta emotiva e atual em tempos de pandemia.
“Parece que ficou estabelecido, nos princípios da criação, que o homem faria a casa, para dar um lar à mulher. E que a mulher construiria o lar, para dar casa e lar ao homem. Sim, porque o homem tinha que levar vantagem, não podia ser por menos. Pois então é isso: casa é arquitetura de homem e lar, essa coisa simples e complexa, evidente e misteriosa, que depende de tudo e não depende de nada, essa coisa sutil, fluídica, envolvente, é simplesmente engenharia de mulher”


Por trás do texto, o cotidiano de minha mãe e avós, o meu, por legado, luta e rebeldia…Para as filhas e netas da geração pós feminista, outros significados, outra temporalidade… Somos contexto. De perto ou de longe, retratos de mães que amorosamente se abraçam dentro de cada uma.

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