Neste ano não consegui escrever os posts desejados, nem publicar o tão sonhado livro. Foi um ano muito duro, difícil em todas as direções. Aqui, acolá, atalhos de sobrevivência na rotina cotidiana, muito trabalho e uma persistente e frágil coragem.
Conheci pessoas maravilhosas, amizades foram postas à prova e velhos e novos propósitos foram reafirmados. Dei um basta em promessas desbotadas e caloroso enterro aos “nãos” recebidos, com ou sem “hastags”. Engoli a seco os desafetos.
Como sou de carne e osso, senti frieza, indiferença, solidão, hostilidade. Sem dramas, resolvi liquidar cortesias de prateleira, intolerâncias e oportunismos de plantão.Estou inaugurando idade nova e nela não há faz de conta. As décadas contabilizadas exigem respeito.
Conto o tempo pelos encontros, abraços, gentilezas, amizades e acontecimentos. Raramente tenho crises de amnésia e lembrar será sempre o meu primeiro exercício de gratidão.
Quanto ao relógio, vilão do próprio tempo, alinho o ponteiro de minhas escolhas e exorcizo o medo do que ainda não sei. Por isso escrevo, apago, reescrevo. Sempre à procura dos melhores sentimentos, à caça de anjos da guarda logo ali na esquina, solidários e prontos para atravessar a vida. Tenho fé e acredito que dias melhores virão!