Ana louceira
de sangue negro
e alma de argila
fez de arte
uma epifania
de suas mãos nasceram
panelas
potes
cristos coroados
carrancas
gangulas…

Ana Leopoldina
mãe, esposa, mulher
desafiou a pobreza
moldou na lama o sustento
e abriu nos olhos vazados
janelas para enxergar o mundo.

Ana das Carrancas
artista, artesã
sua arte
com fé e maestria
atravessou o sertão
cidades, fronteiras
virou cidadã
dama do barro.
dona de si
e do legado.

Share This